terça-feira, 22 de novembro de 2016

Relação Terapêutica

Relação terapêutica não significa ser cúmplice ou "amiguinho" do consulente, muito pelo contrário. Relação terapêutica significa que o consulente enxergará no terapeuta a figura do adulto saudável que ele, consulente, nunca teve dos seus cuidadores e também nunca desenvolveu internamente. Isso significa que muitas vezes o terapeuta imporá limites ao comportamento do consulente. O principal ingrediente dessa relação terapêutica é a compreensão empática e neste aspecto, a ACP (abordagem centrada na pessoa) de Carl Rogers, é muito útil e pode servir como diretriz e plano de fundo. Uma questão é certa: as necessidades emocionais não atendidas ou frustradas somente conseguirão ser reparadas e curadas ao longo das sessões mediante o fortalecimento da relação terapêutica. Nenhuma técnica psicoterápica conseguirá. Eu diria que a principal causa de um fracasso da terapia ou evasão do consulente tem a ver com a falta de empatia nessa relação terapeuta-paciente. E digo mais; essa falta de empatia com o paciente e vice-versa tem como causa os esquemas do próprio terapeuta que foram ativados durante as sessões, os quais sabotaram e inviabilizaram a terapia. Mas essa questão será abordada em outro post.

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