Primeiro, vamos definir a diferença entre paranoia e neurose. Paranoia faz com que o indivíduo distorça ou invente uma realidade própria. A neurose é resultado de uma negação, intolerância ou incapacidade de lidar com a realidade.
Tanto o termo "paranoia" como "neurose" ficaram muito vagos e não são mais usados no diagnóstico psiquiátrico. O DSM prefere classificar sintomas e comportamentos específicos.
O que eu quero colocar aqui nesse post é sobre "traços" neuróticos e paranoicos que TODOS NÓS TEMOS, em graus e intensidades diferentes, mas que não representam necessariamente uma psicopatologia, pelo menos, a princípio. É fato, entretanto, que determinadas personalidades apresentam traços mais paranoicos e/ou neuróticos que outras.
Exemplo de um comportamento paranoico: a mitomania. O indivíduo que mente compulsivamente, cria uma realidade idealizada ou fantasiosa e acaba acreditando nas próprias mentiras. Outro exemplo é aquele que acha que é perseguido ou que tem pessoas fazendo fofoca e conspirando contra ele (vizinhos, família, colegas de trabalho).
Teorias conspiratórias é um bom exemplo de paranoia. O paranoico pega pedaços da realidade e cria uma realidade própria ou pode "customizar" uma realidade para que ela se torne mais palatável. Em casos mais graves, essa paranoia se evidencia na forma de alucinações. Uma pessoa excessivamente "cismada", desconfiada, tem fortes traços de paranoia.
Exemplo de comportamento neurótico: uma pessoa que não consegue ouvir um barulho como choro de bebê (já vimos inúmeras notícias de pai ou mãe que até mataram os seus bebês por isso). Como o neurótico não consegue lidar ou tolerar certos aspectos da realidade, os exemplos são infinitos, por exemplo, uma pessoa que, mesmo você expondo e provando um fato ou argumento, mostrando por a mais b a realidade de algo, ela, mesmo assim, nega ou rejeita. A dissonância cognitiva, um mecanismo de defesa do ego que faz com que a pessoa negue ou distorça a realidade porque esta contrariaria suas crenças e também porque não ele consegue suportar ser refutado, é um comportamento neurótico. A teimosia, hipocrisia e a desonestidade intelectual são exemplos práticos de dissonância cognitiva.
Transtornos de ansiedade são clássicos sintomas de neuroticismo, assim como os transtornos alimentares e obsessivos-compulsivos. Pessoas fóbicas, ansiosas apresentam fortes traços de neuroticismo
.
Uma pessoa neurótica (que não tolera ou é muito sensível à realidade) pode também se tornar paranoica (justamente por não tolerar a realidade ela acaba distorcendo ou criando uma realidade própria).
VAMOS AO TESTE
Diagnóstico:
Se você não conseguiu fazer isso e sentiu desconfortável, perturbado (a). Seu nível de neuroticismo, paranoia, agressividade e stress são altos. Procure ajuda psicoterápica urgente.
Se você conseguiu fazer, mas não por muito tempo (mínimo 20 minutos), pois sentiu falta de distração, o silêncio foi te incomodando aos poucos, se sentiu solitário ou começou a ficar desconfortável sem uma explicação, seu nível de neuroticismo/paranoia é médio/alto. Convém também procurar ajuda.
Se você se sentiu muito confortável o tempo todo, adorou a sua companhia e curtiu a experiência, parabéns, seu nível de neuroticismo e paranoia é baixo. Você exala bem estar, otimismo. equilíbrio e inspiração. As pessoas (e até os animais) devem adorar a sua companhia e presença.
Explicação:
Quanto mais saudável emocional e psicologicamente, mais confortável você se sente com a própria companhia e menos necessidade você tem de "distrações externas". A sua presença já o nutre e o satisfaz completamente. O seu relacionamento com as pessoas muito provavelmente se desenvolve de forma natural, saudável e não por necessidades inconscientes, apegos, compensações ou interesses.
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