Autoconhecimento, "curar-se de si mesmo". Um caminho por vezes doloroso, mas libertador. Vale ressaltar a coragem dela por buscar curar-se de si mesma, buscar a sua verdade, a sua essência. Para isso, ela teve que se despir, tirar as máscaras se desconstruir. É maravilhoso porque é um testemunho extremamente profundo e verdadeiro de como é o processo de desconstrução e transformação sob a ótica da pessoa que foi ou está sendo transformada e não sob a ótica do terapeuta. Vale a pena assistir e se inspirar
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Terapia Intensiva
domingo, 8 de janeiro de 2017
sábado, 7 de janeiro de 2017
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
A Terapia do Esquema explicando a "baixa autoestima" crônica
As necessidades emocionais fundamentais que fortaleceriam o senso de valor e amor próprio foram frustradas, aviltadas ou simplesmente não atendidas na relação com os pais. Como estratégia compensatória, o indivíduo desenvolve um esquema nuclear de defectividade/vergonha e uma resposta resignada a esse esquema, aceitando a condição de rejeitado. A sensação de que é ou será rejeitado permeia a cognição, o emocional e o comportamento. “As pessoas fatalmente irão me criticar ou rejeitar porque deve haver algo de errado comigo”. Ser como se é não parece suficiente. A autoimagem é distorcida e negativa. A insegurança quanto a própria presença e desempenho se torna uma constante. Elogios, demonstrações de amor, afeto ou aprovação vindo de terceiros são inconscientemente desprezados ou vistos com desconfiança, como se não os merecesse.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Testando seu nível de paranóia ou neuroticismo.
Primeiro, vamos definir a diferença entre paranoia e neurose. Paranoia faz com que o indivíduo distorça ou invente uma realidade própria. A neurose é resultado de uma negação, intolerância ou incapacidade de lidar com a realidade.
Tanto o termo "paranoia" como "neurose" ficaram muito vagos e não são mais usados no diagnóstico psiquiátrico. O DSM prefere classificar sintomas e comportamentos específicos.
O que eu quero colocar aqui nesse post é sobre "traços" neuróticos e paranoicos que TODOS NÓS TEMOS, em graus e intensidades diferentes, mas que não representam necessariamente uma psicopatologia, pelo menos, a princípio. É fato, entretanto, que determinadas personalidades apresentam traços mais paranoicos e/ou neuróticos que outras.
Exemplo de um comportamento paranoico: a mitomania. O indivíduo que mente compulsivamente, cria uma realidade idealizada ou fantasiosa e acaba acreditando nas próprias mentiras. Outro exemplo é aquele que acha que é perseguido ou que tem pessoas fazendo fofoca e conspirando contra ele (vizinhos, família, colegas de trabalho).
Teorias conspiratórias é um bom exemplo de paranoia. O paranoico pega pedaços da realidade e cria uma realidade própria ou pode "customizar" uma realidade para que ela se torne mais palatável. Em casos mais graves, essa paranoia se evidencia na forma de alucinações. Uma pessoa excessivamente "cismada", desconfiada, tem fortes traços de paranoia.
Exemplo de comportamento neurótico: uma pessoa que não consegue ouvir um barulho como choro de bebê (já vimos inúmeras notícias de pai ou mãe que até mataram os seus bebês por isso). Como o neurótico não consegue lidar ou tolerar certos aspectos da realidade, os exemplos são infinitos, por exemplo, uma pessoa que, mesmo você expondo e provando um fato ou argumento, mostrando por a mais b a realidade de algo, ela, mesmo assim, nega ou rejeita. A dissonância cognitiva, um mecanismo de defesa do ego que faz com que a pessoa negue ou distorça a realidade porque esta contrariaria suas crenças e também porque não ele consegue suportar ser refutado, é um comportamento neurótico. A teimosia, hipocrisia e a desonestidade intelectual são exemplos práticos de dissonância cognitiva.
Transtornos de ansiedade são clássicos sintomas de neuroticismo, assim como os transtornos alimentares e obsessivos-compulsivos. Pessoas fóbicas, ansiosas apresentam fortes traços de neuroticismo
.
Uma pessoa neurótica (que não tolera ou é muito sensível à realidade) pode também se tornar paranoica (justamente por não tolerar a realidade ela acaba distorcendo ou criando uma realidade própria).
VAMOS AO TESTE
Diagnóstico:
Se você não conseguiu fazer isso e sentiu desconfortável, perturbado (a). Seu nível de neuroticismo, paranoia, agressividade e stress são altos. Procure ajuda psicoterápica urgente.
Se você conseguiu fazer, mas não por muito tempo (mínimo 20 minutos), pois sentiu falta de distração, o silêncio foi te incomodando aos poucos, se sentiu solitário ou começou a ficar desconfortável sem uma explicação, seu nível de neuroticismo/paranoia é médio/alto. Convém também procurar ajuda.
Se você se sentiu muito confortável o tempo todo, adorou a sua companhia e curtiu a experiência, parabéns, seu nível de neuroticismo e paranoia é baixo. Você exala bem estar, otimismo. equilíbrio e inspiração. As pessoas (e até os animais) devem adorar a sua companhia e presença.
Explicação:
Quanto mais saudável emocional e psicologicamente, mais confortável você se sente com a própria companhia e menos necessidade você tem de "distrações externas". A sua presença já o nutre e o satisfaz completamente. O seu relacionamento com as pessoas muito provavelmente se desenvolve de forma natural, saudável e não por necessidades inconscientes, apegos, compensações ou interesses.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Mudar nosso comportamento é plenamente possível, mas por que resistimos tanto ?
Em primeiro lugar vamos entender pela ótica da neurociência e da psicanálise, como funciona a nossa personalidade.
O nosso cérebro é muito parecido com um computador. Ele precisa ser "programado" (condicionado) para poder funcionar direito. O cérebro adora padrões, hábitos e, de preferência, fazer a mesma coisa sempre para obter um resultado previsível, como se fosse um software. Essa capacidade de se condicionar vale tanto para o bem, na forma de comportamentos positivos, equilibrados, adaptativos, como para o mal, na forma de comportamentos neuróticos, disfuncionais e mal adaptativos. Essa necessidade e capacidade de criar padrões, condicionamentos e hábitos proporcionam uma estabilidade funcional. Imagine se mudássemos de ideia ou de comportamento o tempo todo ? Nossa vida seria caótica e inviável, portanto, o cérebro nos induz a ter um comportamento "padronizado" visando, a princípio, o nosso próprio benefício.
Pela psicanálise a nossa personalidade (ego) adota vários mecanismos de defesa para evitar que nos tornemos muito autoconscientes e com isso, correr o risco de ser questionado, desconstruído. Isso porque o ego precisa sobreviver e se auto preservar. O ego quer não apenas sobreviver e se manter tal como foi construído, mas, se possível, crescer e se fortalecer. Toda ou qualquer ameaça a essa sobrevivência, por exemplo, mudar padrões de comportamento, é imediatamente defendida e combatida. Psicoterapia, autoconhecimento e eventos traumáticos ou impactantes aumentam o nosso nível de consciência (nos fazem despertar do sono egoico) e isso representa uma ameaça ao próprio ego que reage nos dando uma dose maior de "sedativo" (alienação, dissonância cognitiva, fuga da realidade, fantasias, idealizações, racionalizações, introjeções, repressões, negações, etc, etc, etc, ). Como resultado, o que parecia ruim e provocava sofrimento, deixa de parecer tão ruim assim e até tem lá suas vantagens, portanto, é melhor não mexer. Isso, em parte, explica as evasões na terapia ou a resistência em fazê-la.
Nosso comportamento e personalidade são formados por sinapses, conexões neurais que se assemelham a caminhos, estradas cerebrais que foram construídas ao longo da nossa vivência, grande parte na infância, puberdade e adolescência. Nessas sinapses se formam e se estruturam os esquemas, as memórias, as nossas reações emocionais e respostas cognitivas às experiências. Com o tempo, essas respostas e reações passam a percorrer sempre os mesmos caminhos, as mesmas estradas. Essas estradas cerebrais construídas na infância são as mais estruturadas, arraigadas, profundas e difíceis de serem trabalhadas no sentido de desconstrução ou de se criar sinapses alternativas a elas gerando novos padrões e um novo comportamento. Memórias e padrões formados na vida adulta são relativamente fáceis de serem reestruturados e substituídos por novos padrões porque se constituem basicamente de crenças e ideias introjetadas.
Além dos mecanismos de defesa, existe mais um componente fundamental que explica o porquê insistimos em adotar o mesmo comportamento e tendemos a rejeitar qualquer tentativa de mudá-lo; chama-se : GANHO SECUNDÁRIO.
O ganho secundário é uma espécie de "recompensa" do ego para o indivíduo manter o seu padrão de comportamento. Todo comportamento, por mais nocivo, bizarro, esdrúxulo, irracional, ilógico e mal adaptativo que seja, tem uma razão de ser e essa razão visa atender a uma NECESSIDADE emocional ou psicológica, podendo também ser uma espécie de compensação. Ganho secundário é um prazer momentâneo, mas muito viciante e enebriante. Pode ser uma baixa da ansiedade, do medo, uma sensação de alívio, pode ser uma sensação de orgulho, uma elevação da autoestima e até um prazer físico. Alguns ganhos secundários podem ser mais explícitos e objetivos como uma vantagem financeira, ganho de atenção, comida, bebida, drogas, mas muito cuidado porque não se pode confundir ganho secundário com "segundas intenções"ou manipulações e desculpas. O ganho secundário é INCONSCIENTE, a pessoa não consegue perceber a dinâmica comportamento-recompensa. Ter um caso fora do casamento não é um ganho secundário para explicar a infidelidade ou problemas na relação. Beber ou se drogar na festinha não são ganhos secundários porque "eu tive uma infância difícil". Mentir ou manipular DELIBERADA E CONSCIENTEMENTE para conseguir alguma coisa ... Tudo isso não é ganho secundário.
Um exemplo de um comportamento mal adaptativo e seu respectivo ganho secundário : um indivíduo que se sente inseguro em lidar com novas experiências, se apegando muito à rotinas e à segurança. Como resposta a esse esquema ele se torna refratário às mudanças e foge das situações que se mostram desafiantes demais, além de ser super desconfiado e não se comprometer com nada nem com ninguém que represente algo novo, diferente ou desconhecido.
Ao fugir ou rejeitar em lidar com novos desafios e experiências e se apegar às rotinas, ele usa primeiro o mecanismo de defesa da "racionalização", inventando desculpas bem elaboradas, tentando encontrar defeitos e aparentes incoerências para justificar sua rejeição ao "novo". O ego então lhe da a recompensa, o seu ganho secundário na forma de um alívio muito grande da ansiedade, do sentimento de culpa, inferioridade e inadequação e até um sentimento de orgulho por ter feito uma análise "racional" (?!!!) da questão. Ele vai para casa se sentindo relativamente bem, sem conflitos, mas tendo como resultado a perpetuação e o reforço do seu esquema e do comportamento mal adaptativos e pode ter perdido mais uma oportunidade de inúmeras com as quais ele se deparou. Passado algum tempo, ele reclama que a vida dele parece não andar e que "as portas estão sempre fechadas". Não sabe o porquê disso e culpa pessoas (projeção) e o próprio "azar" ou destino (projeção e idealização).
Mesmo que a pessoa tenha consciência que o seu comportamento é disfuncional e lhe causa prejuízos, ela só vai se motivar a mudar se a dor, o sofrimento e os danos causados por esse comportamento forem MAIORES e MAIS FORTES que o prazer e a recompensa do ganho secundário.O ego odeia mudanças, ser investigado, questionado e vai fazer de tudo para que o indivíduo não se convença da necessidade de mudar. Tem pessoas que usam a própria dor e o sofrimento como ganho secundário visando chamar a atenção para si ou chantagear emocionalmente na tentativa (sempre inconsciente) de conseguir o que quer. Um exemplo disso são pessoas que tentam suicídio, se drogam, se auto mutilam ou são alcoólicas. Elas sabem que as consequências dos seus atos são nefastas, mas não conseguem deixar de fazê-los porque o "prazer" ou a "recompensa"do ganho secundário é muito mais forte e irresistível na forma de troféu ou arma de manipulação para atingir pessoas, se vingarem, conseguir chamar a atenção, compensarem vazios existenciais, frustrações, necessidades emocionais não atendidas ou abusos. Isso não significa que todos nesta condição o fazem por esses motivos, cada caso é um caso, mas eu, particularmente, acredito que há uma forte tendência nessa direção.
Outro fator que facilita o processo de mudança é um evento traumático ou uma experiência muito marcante e significativa. Isso porque o evento ou experiências criam novas e fortes sinapses cerebrais quase que instantaneamente. Parece mágica.
Um dado muito interessante é que a nossa personalidade consegue fazer "micro mudanças" o tempo todo, todos os dias. Basta estar vivo para que tenhamos que nos adaptar ao ambiente, às experiências. Essa flexibilidade natural (neuroplasticidade) nos permite realizar essas micro mudanças, no entanto, além de serem totalmente inconscientes, as sinapses não se fortalecem porque não há uma repetição, falta consistência e com isso os caminhos cerebrais não são "asfaltados"e a nova habilidade e o novo comportamento meio que se perdem. Parecido com a memória RAM do computador, a memória volátil. Essas micro mudanças são decorrentes de situações inusitadas e aleatórias que não se repetem. De repente a pessoa sofre um acidente de trânsito (ninguém sofre acidente de transito todos os dias) e com isso teve que se ajustar de algum modo para poder lidar com a situação. Chegar atrasado a um evento importante ou esperar por alguém que se atrasou, enfim, essas pequenas adaptações que representam micro mudanças provam que o nosso cérebro é maleável o suficiente para mudar. Da mesma forma como produzimos micro mudanças, podemos também realizar grandes mudanças.
A MUDANÇA
A chave para a mudança é criar novas sinapses cerebrais que deem caminhos alternativos para um novo comportamento, que aponte para uma nova direção. Não tem como apagar as memórias ou desconstruir as sinapses antigas, embora fosse, em tese, a forma mais rápida e prática de mudar um comportamento. No filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", havia uma máquina "apaga sinapses" que deletava as memórias antigas e dolorosas, mas nem no filme isso deu certo.
Uma das estratégias psicoterápicas mais eficazes é quebrar o círculo vicioso "comportamento-ganho secundário", mas não é tão simples assim. As dificuldades que o ego impõe são inúmeras. Em algumas pessoas é como um exorcismo. Tentar tirar o ganho secundário puro e simplesmente não funciona. Há crises de abstinência. O indivíduo sente-se péssimo e muito pior do que quando chegou à psicoterapia e o risco dele desistir é enorme. Uma das inúmeras estratégias é gerar um novo ganho secundário para o novo comportamento, tudo isso a quatro mãos e em comum acordo (psicoterapeuta e cliente), mas dessa vez, um ganho secundário funcional, adaptativo. Ao mesmo tempo, provar que o comportamento antigo e o seus respectivos ganhos secundários só trouxeram prejuízos, expor e quantificar esses prejuízos.
Não há medicamento milagroso nem uma máquina mágica que consiga fazer toda essa mudança; só a psicoterapia é capaz de fazer esse trabalho. Há várias técnicas e abordagens psicoterápicas que facilitam esse processo, mas psicoterapia não é uma ciência exata nem uma receita de bolo. Cada indivíduo responde de um modo distinto à abordagem, portanto, não é possível elaborar uma estratégia que seja efetiva e funcione para todos sem distinção. O terapeuta, portanto, precisa dominar um arsenal de técnicas psicoterápicas e, em conjunto com o seu talento e experiência, "customizar" uma estratégia que funcione.
LIMITE GENÉTICO
Cada um de nós nasceu com um código genético que define nossos potenciais e limitações. No caso da psicoterapia, nem todos os indivíduos vão alcançar um nível excepcional de desenvolvimento, de saúde mental e psicológica. Da mesma forma que cada um tem um limite físico e até de inteligência cognitiva, há também um limite para a inteligência emocional. O importante é que cada um trabalhe para atingir o seu nível máximo de inteligência emocional e acalçar o seu limite genético. É muito comum testemunhar esse desnivelamento na terapia de casal. O terapeuta é o mesmo, a abordagem é a mesma, mas o ganho e a forma como cada cônjuge absorve e se desenvolve na psicoterapia varia bastante. De qualquer forma, o ganho em conjunto acaba beneficiando muito o casal, independente se um cresceu ou aproveitou mais a psicoterapia do que o outro.
TERAPIA DO ESQUEMA
Mudanças importantes e significativas de comportamento que afetam positivamente a qualidade de vida não só são possíveis como podem ser conseguidas de uma forma relativamente rápida (meses). Vai depender da motivação, do limite genético, do talento e experiência do psicoterapeuta e da estratégia psicoterápica. Neste aspecto, a Terapia do Esquema se mostra como a abordagem psicoterápica extremamente efetiva, poderosa e moderna para proporcionar essas mudanças.
sábado, 17 de dezembro de 2016
Velhinha super sincera acaba com Jô Soares (Eneatipo 8 em ação)
Como é o comportamento "sincericida" do Eneatipo 8 ? No Eneatipo 8 a atuação e influência do superego (filtro social) é diminuta. Como resultado, ele não se importa muito com convenções sociais nem com o que os outros acham ou irão achar dele. A exposição do ego é mais explícita, sem filtro. Não está nem aí. "Sou o que sou gostem ou não". Vejam um exemplo super engraçado.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
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